Prevalência e fatores associados à autolesão não suicida entre adolescentes escolares de uma cidade do interior gaúcho

Revista Brasileira de Terapias Cognitivas

Endereço:
Avenida Iguassu - Petrópolis
Porto Alegre / RS
90470430
Site: https://www.rbtc.org.br/edicao_atual.asp?ed=46
Telefone: (19) 3633-1624
ISSN: 1808-5687
Editor Chefe: Carmem Beatriz Neufeld
Início Publicação: 12/07/2024
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências da Saúde

Prevalência e fatores associados à autolesão não suicida entre adolescentes escolares de uma cidade do interior gaúcho

Ano: 2024 | Volume: 20 | Número: Não se aplica
Autores: Mara Cristiane von Mühlen, José Augusto von Mühlen, Natali Meneguzzi da Silva von Mühlen, Sheila Gonçalves Câmara
Autor Correspondente: Mara Cristiane von Mühlen | [email protected]

Palavras-chave: Adolescents, Non suicidal self-injury, Mental Health

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A autolesão não suicida é considerada um problema de saúde pública. Este estudo transversal, de base escolar, investigou a prevalência e os fatores associados a esse comportamento entre 878 adolescentes, com idade entre 10 e 17 anos, alunos da rede pública municipal de uma cidade do interior do Rio Grande do Sul. Na coleta de dados, foram utilizados os seguintes instrumentos: inquérito sociodemográfico, Escala de Autolesão Não Suicida, Escala Brasileira de Coping para Adolescentes, Trait Meta-Mood Scale, Escala de Comunicação com Pessoas de Referência, Escala de Estresse Interpessoal, Questionário sobre Traumas na Infância, Escala de Habilidades Sociais Interpessoais, General Health Questionnaire – 12 itens e Escala de Afetos Positivos e Negativos. Uma alta prevalência (53,9%; n = 473) se evidenciou, e os resultados do modelo hierarquizado apontaram associação estatisticamente significativa entre autolesão não suicida e idade (ter entre 13 e 17 anos) (p = 0,003), classe econômica A e B (p = 0,014), ausência de prática religiosa (p = 0,001), dificuldade na comunicação com pessoas de referência (p < 0,001), presença de transtornos mentais comuns (TMC) (p < 0,001), maior experiência de afetos negativos (p = 0,002), maior estresse interpessoal (p = 0,037), e clareza (p = 0,004) e reparação (p < 0,001) emocional inadequadas. A prevenção e a intervenção da autolesão não suicida são absolutamente necessárias entre adolescentes.



Resumo Inglês:

Non-suicidal self-injury is considered a public health problem. This cross-sectional, school-based study investigated the prevalence and factors associated with this behavior among 878 adolescents, aged between 10 and 17 years, who were students of the Municipal Public School Network in a city located in the interior of Rio Grande do Sul. The data collection included the following questionnaires: Sociodemographic Survey, Non-Suicidal Self-Injury Scale, Brazilian Coping Scale for Adolescents, Trait Meta-Mood Scale, Communication with Reference Persons, Interpersonal Stress Scale, Childhood Trauma Questionnaire, Interpersonal Social Skills Scale, General Health Questionnaire – 12 items, and Positive and Negative Affect Scale. A high prevalence (53.9%; n=473) was evidenced, and the results of the hierarchical model showed a statistically significant association between non-suicidal self-injury and age (being between 13 and 17 years old) (p=0.003), economic class A and B (p=0.014), absence of religious practice (p=0.001), difficulty in communicating with reference people (p<0.001), presence of common mental disorders (p<0.001), greater experience of negative affect (p=0.002), greater interpersonal stress (p=0.037), and inadequate emotional clarity (p<0.004) and repair (p0.001). Prevention and intervention for non-suicidal self-harm are absolutely necessary among adolescents.



Resumo Espanhol:

La autolesión no suicida se considera un problema de salud pública. Este estudio transversal, investigó la prevalencia y los factores asociados con este comportamiento entre 878 adolescentes, con edades entre los 10 y 17 años, estudiantes de una red pública municipal en una ciudad del interior de Río Grande do Sul. En la recolección de datos se utilizaron: Encuesta sociodemográfica, Escala de Autolesión No Suicida, Escala Brasileña de Afrontamiento para Adolescentes, Trait Meta-Mood Scale, Escala de comunicación con personas de referencia, Escala de Estrés Interpersonal, Cuestionario sobre Traumas en la Infancia, Escala de Habilidades Sociales Interpersonales, General Health Questionnaire l - 12 ítems, y Escala de Afectos Positivos y Negativos. Se evidenció una alta prevalencia (53.9%; n=473), y los resultados del modelo jerarquizado señalaron una asociación estadísticamente significativa entre la autolesión no suicida y la edad (tener entre 13 y 17 años) (p=0.003), clase económica A y B (p=0.014), falta de práctica religiosa (p=0.001), dificultad en la comunicación con personas de referencia (p<0.001), presencia de trastornos mentales comunes (p<0.001), mayor experiencia de afectos negativos (p=0.002), mayor estrés interpersonal (p=0.037), y claridad (p=0.004) y reparación (p<0.001) emocional inadecuadas. La prevención e intervención de la autolesión no suicida son absolutamente necesarias entre los adolescentes.