A história revela a Igreja, que se revela na história. Intrinsecamente ligadas, eclesiologia e história determinam os diferentes rostos de Igreja ao longo dos séculos. Em tempos de papa Francisco, podemos afirmar que dois itens marcam sua eclesiologia: o resgate da centralidade do pobre e o serviço que a Igreja lhe tem prestado não somente através do anúncio, mas de suas obras de caridade social. Ora, essa perspectiva, eminentemente evangélica e notadamente marcada pelo Concílio Vaticano II, apresenta a nosso ver diversos pontos coincidentes com a do teólogo belgo-brasileiro José Comblin. Essas duas chaves marcam não somente sua eclesiologia, mas, de um modo mais amplo, a compreensão que possui e desenvolve em sua teologia. Nesse sentido, este artigo se propõe a apresentar as práticas que revelam a forma de ser Igreja de Francisco e de Comblin, e suas aproximações e complementações.