A conservação do patrimônio nos esforços realizados pelas instituições e governos tendem auma projeção territorial que favorece avalorização cada vez maior da paisagem, inclusive no que correspondeà interação entre os seus diversos elementos. Contudo, o discurso patrimonial paisagístico enfatiza as paisagens patrimoniais enquanto produto, secundarizando o processo de patrimonialização subjacente a todos os territórios antes de qualquer intervenção.Este fenômeno fomenta as dissonâncias entre os objetivos de conservação e os efeitos concretos da patrimonialização, e os conflitos entre as estratégias institucionais e os interesses locais. No presente artigo,exploram-se os limites da patrimonialização. Mediante uma revisão de literatura, analisa-se o seu âmbito no que diz respeitoà relação que se estabelece com a paisagem e o seu distanciamento face aos objetivos de proteção ambiental no quadro institucional do processo. Analisa-se,ainda,as valorizações, as necessidades e as práticas locais de uso e consumo dos recursos naturais que resultam da apropriação local da paisagem.
The conservation of heritage in the efforts of institutions and governments has tended to territorial projection, favoring an increase in the appreciation of the landscape, including the interaction between its components. However, the patrimonial landscape discourse preponderates heritage landscapes as a product, above the patrimonialization process that underlies all territories prior to any intervention; promoting dissonances between conservation objectives and real effects of patrimonialization, as well as conflicts between institutional strategies and local interests. This article explores the limitations of the concept of patrimonialization. Through a bibliographical review, its scope is analyzed in relation to the landscape and the distances between the objectives of environmental protection in the institutional framework of the process, as well as the valuations, needs, and local practices of use and consumption of natural resources, which derive of the local appropriation of the landscape.
La conservación del patrimonio en esfuerzos de instituciones y gobiernos ha tendido a la proyección territorial, favorecido un incremento de la valoración del paisaje, incluyendo la interacción entre sus componentes. Sin embargo, el discurso patrimonial paisajístico prepondera a los paisajes patrimoniales como producto, por encima del proceso de patrimonialización que subyace en todo territorio previo a cualquier intervención; propiciando disonancias entre objetivos conservacionistas y efectos reales de la patrimonialización, así como conflictos entre estrategias institucionales e intereses locales. En este artículo se exploran las limitaciones del concepto de patrimonialización. A través de una revisión bibliográfica se analiza su alcance en relación con el paisaje y los distanciamientos entre los objetivos de protección ambiental en el marco institucional, así como las valoraciones, necesidades y prácticas locales de uso y consumo de los recursos naturales, que derivan de la apropiación local del paisaje.
