O artigo resulta de uma pesquisa qualitativa sobre os discursos da Petrobras na última década. Por meio de revisão de literatura e estudo de caso relacionado à maior estatal do país, objetiva analisar o que há de mítico no ethos discursivo da marca, sobretudo, depois da operação Lava Jato, quando passa a ser projetada a venda de ativos da companhia. Com base nas reflexões de Roland Barthes e em diálogo com os estudos do discurso, o artigo demonstra que a Petrobras mítica, enunciada desde a sua fundação como “símbolo de Brasil”, é atualizada na proposta de transformação e desinvestimento da estatal, mas não sem disputas no processo de circulação de sentidos.
The article is the result of a qualitative research on the discourses of the Petrobras in the last decade. Through a literature review and case studies related to the largest state-owned company in Brazil, it reflects on what is mythical in the brand's ethos of discourse, especially after the Lava Jato operation, when the sale of the company's assets is projected. Based on the reflections of Roland Barthes and in dialogue with discourse studies, the article demonstrates that the mythical Petrobras, enunciated since its foundation as a “symbol of Brazil”, is updated in the proposal for transformation and divestment of the state-owned company, but not without dispute in the process of circulation.