A proposta deste artigo é debater a maneira como as fronteiras são encaradas pela mais recente visão historiográfica que trata a Guerra do Paraguai. Para isso, subdividimos os textos selecionados em cinco grupos, a saber: As fronteiras de uma perspectiva econômica; De uma perspectiva política/diplomática; De uma perspectiva geográfica/histórica; De uma perspectiva indígena e as fronteiras nas perspectivas dos escravizadores/escravizados. Após uma breve análise (onde observamos também a área de atuação e as fontes primárias utilizadas pelos autores), ficou claro que a ideia de fronteira, para a perspectiva econômica, política/diplomática e geográfica/histórica é entendida majoritariamente como limite, como um elemento de separação e de tensão – embora essa visão não esteja isenta de nuances destacadas por cada autor. Por outro lado, as fronteiras vistas por escravizados e povos nativos podiam ter significados completamente distintos – como um elemento de esperança para a fuga, ou um elemento que fosse compreendido como introjetado na própria figura dos índios. Fica claro, ao fim do estudo, que se faz necessário buscar novos autores e novos tipos de fontes para o estudo aprofundado da fronteira na “Nova História da Guerra do Paraguai”.