Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade na adolescência

Residência Pediátrica

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ISSN: 22366814
Editor Chefe: Clemax Couto Sant'Anna, Marilene Crispino Santos
Início Publicação: 30/04/2011
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade na adolescência

Ano: 2024 | Volume: 14 | Número: 3
Autores: Beatriz Elizabeth Bagatin Veleda Bermudez; Charles da Silva Gomes; Iolanda Maria Novadzki
Autor Correspondente: Beatriz Elizabeth Bagatin Veleda Bermudez | [email protected]

Palavras-chave: Transtorno do Deficit de Atenção com Hiperatividade, Saúde do Adolescente, Transferência de Pacientes

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVO: Conhecer a evolução do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) na adolescência.
MÉTODOS: Estudo longitudinal com dados de 50 prontuários de pacientes em acompanhamento há pelo menos dois anos. Para a análise estatística, calculamos usando os testes exato de Fischer, qui-quadrado e Kruskall-Walis, pelo software R Core Team 2018.
RESULTADOS: Dos 50 pacientes, 80% eram do sexo masculino, com idade média de 14,0 anos (variando de 10 a 17 anos), 26 (52%) estavam em acompanhamento inicial com neurologista para TDAH, os demais com queixas compatível com TDAH. A idade média de início dos sintomas foi de 8,0 anos (variando de 5 a 13 anos) e a idade de diagnóstico de 8,5 anos (variando de 5 a 13 anos). O uso de metilfenidato ocorreu em 30 (60%), 48% mantiveram a adesão ao tratamento e 18% não relataram melhora com o metilfenidato, sem intenção de uso de outro medicamento. Houve melhora no grupo (p < 0,05), e os fatores contribuintes foram: aquisição de uma rotina de estudos, melhora do comportamento na escola, escola mais assertiva, família mais assertiva, menos horas diárias em telas.
CONCLUSÕES: o TDAH envolve família, escola e saúde. O controle dos sintomas e melhores resultados na escola precisam de rotina de estudos, melhoria de comportamento, escola inclusiva (que vê as dificuldades de seus alunos como um desafio), apoio familiar e menos horas nas telas. Ressaltamos a importância dos profissionais de saúde no diagnóstico e acompanhamento clínico.



Resumo Inglês:

OBJECTIVE: To know the evolution of Attention Deficit Hyperactivity Disorder (ADHD) in adolescence.
METHODOLOGY: Longitudinal study with the data from 50 medical records from patients in follow-up for at least two years. For the statistical analysis we calculated using the Fischers exact, chi-square, and Kruskal-Wallis tests, by the R Core Team 2018 software.
RESULTS: Of the 50 patients, 80% were male, with an average age of 14.0 years (range 10 to 17 years), 26 (52%) were in initial follow-up with a neurologist for ADHD, the others with com- plaints compatible with ADHD. The mean age of onset symptoms was 8.0 years (range, 5 to 13 years) and age at diagnosis 8.5 years (range, 5 to 13 years). Methylphenidate use occurred in 30 (60%), 48% maintained treatment adherence, and 18% reported no improvement with methylphenidate, with no intention to use another medication. There was an improvement in the group (p < 0.05), and the contributing factors were: acquisition of a study routine, improved be-havior at school, more assertive school, more assertive family, fewer daily hours on screens.
CONCLUSION: ADHD involves family, school, and health. The control of the symptoms and best results at school need a study routine, improving behavior, an inclusive school (which sees the difficulties of its students as a challenge), family support, and fewer hours on screens. We emphasize the importance of health professionals in the diagnosis and clinical follow-up.