Abordagem à agitação no serviço de urgência pediátrico

Residência Pediátrica

Endereço:
Rua Santa Clara, 292 - Copacabana
Rio de Janeiro / RJ
22.041-012
Site: http://www.residenciapediatrica.com.br
Telefone: (21) 2548-1999
ISSN: 22366814
Editor Chefe: Clemax Couto Sant'Anna, Marilene Crispino Santos
Início Publicação: 30/04/2011
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Abordagem à agitação no serviço de urgência pediátrico

Ano: 2024 | Volume: 14 | Número: 2
Autores: Francesco Monteleone; Andreia Marisa Gonçalves; Maria Eduarda Machado; Maria Beatriz Couto; Ana Sofia Neiva
Autor Correspondente: Francesco Monteleone | [email protected]

Palavras-chave: Agitação psicomotora, Criança, Adolescente, Serviços Médicos de Emergência

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A agitação psicomotora e a auto/heteroagressividade em crianças e adolescentes podem representar um desafio no serviço de urgência pediátrico (SU), pois são uma ocorrência frequente que chega a constituir até 5% das avaliações de urgência nos Estados Unidos. A agitação é um sinal altamente inespecífico, podendo resultar de condições orgânicas e/ou psiquiátricas, e requer, na sua gestão, adequação dos espaços do SU, treino dos profissionais envolvidos e aumento dos recursos de saúde mental nos SUs. A avaliação diagnóstica inicial deve conduzir a escolha terapêutica mais adequada, embora, em muitas situações, seja necessário intervir antes de terminar a exploração diagnóstica. Essa intervenção deve contemplar, em primeiro lugar, medidas ambientais e não farmacológicas. Quando necessário, poderá ser efetuada uma contenção farmacológica, sendo desaconselhada a contenção física nessas idades. Existe pouca literatura sobre a correta abordagem dessas ocorrências, e não há qualquer linha orientadora, de maneira que mais da metade dos profissionais do SU se sente inadequadamente preparados na sua gestão. Este trabalho propõe-sea reuniras evidências eos consensos disponíveis na literatura para criarumapoio prático para a abordagemdo paciente agitado no atendimento de urgência pediátrica, com enfoque nas abordagens não farmacológica e farmacológica, é baseado numa revisão da literatura, com recurso a múltiplas bases de dados de artigos em inglês, português e espanhol. Também foram analisadas as diretrizes do National Institute for Health and Care Excellence (NICE), embora se apliquem ao comportamento agressivo eviolento enão àagitação psicomotora,entendendo adiferença,mas procurando elementos sobreponíveis eaplicáveis.



Resumo Inglês:

Psychomotor agitation and self/hetero-aggressiveness in children and adolescents can represent a challenge in the pediatric emergency department (ED), they are a frequent occurrence that account for up to 5% of emergency assessments in the United States. Agitation is a highly nonspecific sign, which may result from organic and/or psychiatric conditions, and requires, in its management, the adequacy of ED spaces, training of the professionals involved and an increase in mental health resources in the EDs. The initial diagnostic evaluation should lead to the most appropriate therapeutic choice, although in many situations it is necessary to intervene before finishing the diagnostic exploration. This intervention must firstly contemplate environmental and non-pharmacological measures. When necessary, pharmacological restraint can be carried out, physical restraint being discouraged at these ages. There is little literature on the correct approach to these occurrences, and there is no guideline, so that more than half of the ER professionals feel inadequately prepared in their management. This work aims to bring together the evidence and consensus available in the literature to create practical support for the approach of the agitated patient in pediatric emergency care, with a focus on non-pharmacological and pharmacological approaches, it is based on a literature review, using multiple databases of articles in English, Portuguese and Spanish. The National Institute for Health and Care Excellence (NICE) guidelines were also analyzed although they apply to aggressive and violent behavior and not psychomotor agitation, understanding the difference, but looking for overlapping and applicable elements.