O presente artigo objetiva discutir uma forma alternativa de acesso ao texto de problemas de matemática por aprendizes surdos, bem como de organização lógica do pensamento, por meio de esquemas. É fruto de uma investigação, com vistas à elaboração de uma dissertação de mestrado que baseou-se na visão antropológica da surdez, na visão sócio-interacional de aprendizagem e na visão de matemática como instrumento de cidadania. A análise mostra que os esquemas revelaram-se de grande utilidade na mediação entre o texto dos problemas e os alunos, não só como estratégia de leitura, mas também como forma de categorizar os dados do problema facilitando seu raciocínio lógico. Além disso, melhorou-lhes a auto-estima na medida em que lhes possibilitou uma atitude de autonomia diante de uma atividade tradicionalmente difícil para eles.
This paper intends to discuss an alternative way of accessing information presented in the text of mathematical problems and the use of schemas as a too/ to logical organization of the thinking by deaf learners. The investigation on which it is based was elaborated for the acquisition of my master degree and presents the anthropological víew of deafness, the sociointeractional conception of learning and the view of mathematics as an instrument for the development of citizenship. The analysís indicates that the idea of using schemas, which arose intuitively, was very useful as they acted as mediators between the text of the mathematical problems and the deaf students. Indeed, the schemas worked both as reading strategies andas tools to organi-ze the pieces of information into categories, helping students to reason them out. Besides that, the schemas helped the students develop their self-esteem by giving them the tools to deal in a more autonomous way with activities they considered to be difficult and complex.
