Analisamos as origens das fotografias utilizadas por veículos jornalísticos, com especial atenção àquelas produzidas pelos usuários. Estudos de Näsi (2015) e Runge (2021) apontam a oferta de imagens, por parte dos usuários, aos veículos jornalísticos, na cobertura de acontecimentos imprevistos, mas também buscando redução de custos e engajamento do público. A pesquisa é de cunho exploratório (Bonin, 2008), e parte da observação e análise das imagens publicadas ao longo de dois dias pela Folha de S. Paulo e pelo G1. Quantificamos e categorizamos as 5.621 fotografias encontradas, separando-as em com ou sem custo e buscando identificar a origem. Os dados indicam que pouco menos da metade das fotos são custeadas pelos veículos e a outra metade obtida sem custos, a partir, principalmente, de assessorias, redes sociais e arquivos pessoais. Sugerem que há mais busca por redução de custos do que construção de um trabalho em colaboração com o público, podendo levar à perda do controle do discurso/narrativa visual veiculado
We analyzed the origins of the photographs used by news outlets, paying special attention to those produced by users. Studies by Näsi (2015) and Runge (2021) indicate that users offer images to news outlets to cover unexpected events, but also to reduce costs and engage the public. This exploratory research (Bonin, 2008) is based on the observation and analysis of images published over two days by Folha de S. Paulo and G1. We quantified and categorized the 5,621 photographs identified, separating them into cost-bearing and cost-free images while seeking to identify their origin. The data indicate that slightly less than half of the photos are funded by the outlets, while the other half are acquired free of charge, mainly from press offices, social media, and personal archives. These findings suggest a greater focus on cost reduction than on building collaborative efforts with the public, potentially leading to a loss of control over the visual discourse/narrative conveyed.