Este artigo investiga o papel das plataformas digitais, como Facebook, YouTube e WhatsApp, na disseminação de desinformação, fraudes publicitárias e teorias da conspiração, à luz da Economia Política da Desinformação (EPD). O objetivo principal é entender como o modelo de negócios dessas plataformas, focado no engajamento e lucro, amplifica a desinformação. Utilizando uma análise de conteúdo sobre relatórios de desinformação climática, fraudes digitais e golpes, a pesquisa mapeia padrões comuns nas plataformas digitais, identificando os principais atores e mecanismos envolvidos. O processo metodológico baseou-se na categorização de dados extraídos de documentos fornecidos pelo NetLab e no uso de tabelas para identificar as principais palavras-chave e padrões. Os resultados mostram que a monetização do engajamento nas plataformas digitais cria incentivos econômicos que favorecem a disseminação de desinformação, colocando em risco a integridade da informação e exacerbando a polarização política. Conclui-se que a desinformação é não apenas uma questão de erro ou mal-entendido, mas parte de uma estratégia estrutural que privilegia os interesses econômicos das grandes plataformas. A pesquisa sugere a necessidade de regulamentação dessas plataformas e de políticas públicas voltadas para a contenção da desinformação
This article investigates the role of digital platforms, such as Facebook, YouTube, and WhatsApp in the dissemination of disinformation, advertising fraud, and conspiracy theories, in light of the Political Economy of Disinformation (PED). The main objective is to understand how the business model of these platforms, focused on engagement and profit, amplifies disinformation. Using a content analysis of reports on climate disinformation, digital fraud, and scams, the research maps common patterns on digital platforms, identifying key actors and mechanisms involved. The methodological process was based on categorizing data extracted from documents provided by NetLab and using tables to identify keywords and patterns. The results show that the monetization of engagement on digital platforms creates economic incentives that favor the dissemination of disinformation, jeopardizing information integrity and exacerbating political polarization. It concludes that disinformation is not just a matter of error or misunderstanding, but part of a structural strategy that privileges the economic interests of large platforms. The research suggests the need for regulation of these platforms and public policies aimed at curbing disinformatio