Este trabalho tem como objetivo evidenciar a importância das Salas de Recursos Multifuncionais no processo de inclusão e desenvolvimento de crianças com autismo. A inclusão escolar parte do princípio de que todas as crianças têm a capacidade de acompanhar o ensino regular, independentemente de suas limitações físicas e/ou cognitivas. Visa, portanto, garantir a presença de alunos com deficiência em salas comuns do ensino regular, além de desenvolver práticas pedagógicas que promovam sua permanência e sucesso acadêmico. Para isso, a escola deve ser democrática e aberta à diversidade. Nesse sentido, a política de inclusão adotada pela Educação Especial no Brasil defende uma escola que acolha a diversidade e valorize as diferenças, buscando assegurar o direito à educação para todos. A proposta é de uma escola que permita a aprendizagem de todos os alunos, independentemente de suas deficiências físicas, sensoriais ou intelectuais, bem como de suas diferenças étnicas, linguísticas, religiosas, de gênero, entre outras. Assim, as políticas de educação especial, fundamentadas nos direitos humanos, adotam, por meio da educação inclusiva, uma postura de não discriminação e de acolhimento de pessoas com deficiência, incluindo alunos com autismo. Entretanto, a inclusão escolar de estudantes autistas apresenta desafios devido às particularidades do transtorno, como a dificuldade de interação social e de estabelecimento de vínculos afetivos. Nesse contexto, o Atendimento Educacional Especializado (AEE), oferecido pelas Salas de Recursos Multifuncionais, surge como um importante avanço, tanto para essas crianças quanto para suas famílias. Além de proporcionar uma melhor compreensão sobre as necessidades dos alunos com autismo, o AEE possibilita a adoção de metodologias mais adequadas para o desenvolvimento desse público.