A literatura infantil desempenha um papel crucial no desenvolvimento das crianças, indo além da simples diversão e entretenimento. Ela é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social, ajudando na construção de valores, no aprendizado de conceitos fundamentais e na formação do pensamento crítico. Ao longo da história, especialmente desde a Idade Média, a literatura infantil tem sido moldada por transformações sociais, culturais e educacionais. No Brasil, o campo da literatura voltada para o público infantil tomou um formato mais consolidado no início do século XX, quando autores como Monteiro Lobato, Ruth Rocha, Cecília Meireles e Ziraldo começaram a criar obras que mesclavam entretenimento e aprendizado, utilizando a literatura como um meio de educar e formar cidadãos críticos. A obra de Monteiro Lobato, por exemplo, é um marco na literatura infantil brasileira, não apenas por sua relevância cultural, mas também por seu papel na construção da identidade nacional, ao introduzir elementos da cultura brasileira em suas histórias. Além disso, a literatura infantil tem sido vista como um espaço onde a criança pode refletir sobre o mundo à sua volta, desenvolvendo a empatia, o respeito pelas diferenças e o senso ético. A presença de temas como amizade, solidariedade e justiça nas narrativas infantis é um reflexo da capacidade da literatura de instigar questionamentos e promover uma educação emocional. O objetivo deste texto é analisar a trajetória da literatura infantil, destacando sua importância na formação da criança e sua contribuição para o desenvolvimento de habilidades essenciais para a vida adulta, como a imaginação, o pensamento crítico e a construção de valores.
