O papel dos pais e educadores na promoção de uma alimentação saudável desde os primeiros anos de vida é fundamental para o desenvolvimento físico e mental das crianças, com impactos duradou-ros na saúde adulta. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses, seguido pela introdução de alimentos complementares variados e balanceados. Essa fase, conhecida como "programação metabólica", é crucial para prevenir doen-ças como obesidade e diabetes. Estudos destacam a importância de evitar açúcares adicionados e promover o consumo de alimentos in natura, além de envolver as crianças no preparo das refeições para estimular hábitos saudáveis. Os pais exercem influência direta nas escolhas alimentares das crianças, servindo como modelos e criando um ambiente que valoriza a alimentação equilibrada. Fatores como a realização de refeições em família, a redução do uso de dispositivos eletrônicos du-rante as refeições e a participação ativa das crianças no processo culinário são estratégias eficazes para promover hábitos saudáveis. Durante a pandemia de COVID-19, desafios como o aumento do consumo de alimentos ultraprocessados e a insegurança alimentar destacaram a necessidade de políticas públicas e orientação nutricional para famílias, especialmente as de baixa renda. Guias alimentares, como o Guia Alimentar para a População Brasileira, reforçam a importância de priorizar alimentos in natura e minimamente processados, além de evitar ultraprocessados. Para crianças menores de dois anos, o guia específico do Ministério da Saúde enfatiza a proibição de açúcar e alimentos inadequados, visando prevenir problemas de saúde futuros. A colaboração entre pais, educadores e profissionais de saúde é essencial para garantir uma alimentação adequada e pro-mover o desenvolvimento saudável das crianças, prevenindo doenças crônicas e construindo uma relação positiva com a comida.
