O artigo explora as experiências e desafios enfrentados por pessoas não-binárias em ambientes laborais. A não-binariedade refere-se a identidades de gênero que transcendem o binário masculino-feminino, desafiando normas cisnormativas estruturais da sociedade. Estima-se que 1,19% da população brasileira se identifique como não-binária, representando cerca de 2,4 milhões de pessoas. Globalmente, esse número pode chegar a 160 milhões. A exclusão enfrentada por esses indivíduos no mercado de trabalho é exacerbada por práticas organizacionais baseadas em uma visão binária de gênero. Normas como a segregação de banheiros, promoções e políticas de vestuário perpetuam a marginalização de pessoas não-binárias. Além disso, a literatura organizacional ainda oferece pouca atenção às suas vivências e desafios. Dessa forma, o estudo adota a Teoria Queer e a noção de performatividade de gênero para analisar criticamente a literatura existente e discutir formas de inclusão. A revisão encontrou 17 artigos que tratam do tema, evidenciando a marginalização dessas pessoas e a falta de políticas inclusivas em organizações globais. A pesquisa sugere que as empresas devem promover treinamentos sobre diversidade de gênero e repensar a gestão da diversidade nos locais de trabalho. A revisão aponta para a necessidade de mais estudos que investiguem como o exorsexismo se manifesta no ambiente corporativo e as implicações legais da omissão de discriminação de gênero.
The article explores the experiences and challenges faced by non-binary individuals in the workplace. Non-binarism refers to gender identities that transcend the male-female binary, challenging the cisnormative structural norms of society. It is estimated that 1.19% of the Brazilian population identifies as non-binary, representing around 2.4 million people. Globally, this number could reach 160 million. The exclusion faced by these individuals in the labor market is exacerbated by organizational practices based on a binary view of gender. Norms such as bathroom segregation, promotions, and dress code policies perpetuate the marginalization of non-binary people. Furthermore, organizationalliterature still pays little attention to their experiences and challenges. Therefore, the study adopts Queer Theory and the notion of gender performativity to critically analyze the existing literature and discuss ways of inclusion. The review found 17 articles addressing the topic, highlighting the marginalization of these individuals and the lack of inclusive policies in global organizations. The research suggests that companies should promote gender diversity training and reconsider diversity management in the workplace. The review points to the need for more studies investigating how exorsexism manifests in the corporate environment and the legal implications of the omission of gender discrimination.
