Enrique Dussel, filósofo argentino, propõe uma Ética da Libertação
que designou como utopia possÃvel, cujo objetivo é o de resgatar a
vida que é negada à s vÃtimas dos sistemas de opressão e o seu reconhecimento
em condições dignas de paridade. O autor opõe uma razão
ética pré-originária à intersubjetividade argumentativa de Habermas
(Ética da Discussão), a fim de reconhecer o Outro na sua diferença, o
excluÃdo, a quem é negado o dever-viver. Mas poderá uma tal utopia
recorrer à categoria de povo para a integração plena da comunidade de
vÃtimas nas sociedades atuais?
The Argentine philosopher Enrique Dussel proposes an Ethics
of Liberation he calls the “possible utopiaâ€, with the aim of redeeming
the life the victims of oppression have been denied, as well as of
acknowledging their equal conditions. The author sustains an ethical
reason pre-existing alternative to Habermas’s argumentative
intersubjectivity (the Ethics of Argument), one which purports to recognize
the difference of the Other, the outcast, deprived of lifestyle choices. But can this utopia avail itself of the category “people†for a full
integration of victimized communities in today’s societies?