A intenção é oferecer discussão atualizada em
torno das espetaculares inovações tecnológicas,
realçando tanto rompimento quanto continuidades.
Assim como se defende que as tecnologias
demonstram um sentido de convergência, também
demonstram continuidades. Os hackers e outros
defensores do software livre pregam liberdade
e libertação, imaginando computador e internet
como arenas da liberdade. Apenas em parte isto
parece correto, também porque os mesmos hackers
que se proclamam libertários se submetem a
estruturas tacanhas de poder (chefes autocráticos,
por exemplo). Ao mesmo tempo, a internet acaba
subordinando-se ao poder dos Estados (ao contrário
de sua pretensa vocação “globalizanteâ€), porque
ainda são a instância jurÃdica de ordenamento.
A França impôs mudanças em conteúdos de sites
e é notória a resistência da China e de outros
regimes (mais fechados) ao fl uxo desimpedido
da informação. Aquela aura inicial de liberdade,
consagrada na estrutura do computador de ser
customizado e formatado na linha fi nal, está sendo
fortemente contestada, seja por conta de fl uxos
ilegais e imorais, seja pela invasão de spams e
marketing, seja pela contaminação de vÃrus.
A assim dita “internet generativa†vai cedendo, sob
pressão também de usuários que querem produtos
acabados, garantidos e mais fáceis de manipular,
premida pelos abusos da liberdade. É notório o
caso da Wikipédia: constantes guerras de edição
conturbam seu ambiente (ainda que isto não
impeça a produção de uma enciclopédia de grande
interesse e originalidade).
The objective of this article is to present an up-todate
discussion about the extraordinary technological
innovations, mainly the new technologies underlining
both breaches and continuities. Technologies are
supposed to present a sense of convergence as well
as continuities. Hackers and others who propose
free software are in favor of liberty and liberation,
considering computer and internet as arenas of
freedom. This is only partly correct, because these
hackers who consider themselves as libertarians
submit themselves to narrow-minded structures of
power (for example, autocratic bosses). Internet is
state-wide instead of being worldwide. France has
imposed changes in the contents of sites. China
does not allow a free fl ow of information. That aura
of beginning liberty, granted as a structure of the
computer for being customized and formatted is
strongly contested by illegal and immoral fl ow, by
introduction of spasm and marketing, as well as
by virus contamination. The so called “generative
internet†is loosing ground on account of the pressure
of users who want guaranteed end-products, easier
to be handled, for avoiding abuse of freedom. The
case of Wikipédia is remarkable. Continuous wars
of publishing unsettle the environment (although this
does not hinder the production of a large and original
encyclopedia).