Dieta e disponibilidade de presas de aves
insetÃvoras terrestres em fragmentos florestais
amazônicos. As aves insetÃvoras terrestres são um
dos grupos mais vulneráveis à fragmentação de
florestas tropicais; no entanto algumas espécies
desta guilda ainda sobrevivem em fragmentos
florestais e em florestas secundárias. Se a
sensibilidade destas aves à fragmentação de
florestas estivesse associada à dieta, então espécies
com a dieta relativamente flexÃvel teriam maior
propensão em persistir nos fragmentos florestais.
Este estudo comparou sobreposição trófica,
amplitude de nicho, tamanho de presas e
variabilidade de dieta de dois pares de espécies de
aves insetÃvoras terrestres, onde cada par foi
composto por uma espécie que persiste nos
fragmentos e outra que não: Myrmeciza ferruginea
e Sclerurus rufigularis; Formicarius colma e
Formicarius analis, respectivamente. A
disponibilidade de presas foi também amostrada e
comparada entre os fragmentos florestais e a
floresta contÃnua. Os Ãndices de amplitude de
nicho não foram significativamente diferentes
entre membros dos pares, e a variabilidade de dieta
diferiu no sentido oposto aquele previsto. Embora
as espécies mais vulneráveis tenham consumido
presas maiores que as espécies mais resistentes, a
disponibilidade de presas não diferiu
significativamente entre os fragmentos e a floresta
contÃnua. Assim, pode ser concluÃdo que dieta não
é o principal determinante na extinção destas
espécies nos pequenos fragmentos florestais. A
mais simples explicação proposta, de que
vulnerabilidade à fragmentação é diretamente
relacionada ao tamanho do território, requer testes.
No entanto, a probabilidade de que estas aves
precisem de territórios maiores por que predam
invertebrados maiores é consistente com
observações não publicadas feitas nas áreas de
estudo.
This study compared niche breath, prey size, and diet variability in two pairs of sympatric species of terrestrial
insectivorous birds, each pair containing one species that can persist in small forest fragments and one that does
not. The pairs were Myrmeciza ferruginea and Sclerurus rufigularis; and Formicarius colma and F. analis,
respectively. The prey availability in forest fragments was also sampled and compared to the availability in
continuous forests. Niche breath indices did not differ between pair members, but diet variability differed in the
opposite direction from that hypothesized. Although the two bird species most vulnerable to fragmentation fed on
larger prey than less vulnerable species, prey availability, including that based on prey size did not differ among
fragmented versus continuous forest sites. Thus, diet per se appeared not to be an important cause of extinctionproneness
in these species. The simplest explanation proposed, that vulnerability to fragmentation was directly
related to territory size, requires testing. However, it was consistent with observations that the bird species feeding
on larger prey also need larger territories.