O objetivo do artigo é recuperar os termos do diálogo crÃtico sobre os conceitos mais gerais da teoria polÃtica (tais como os de poder, dominação e Estado), travado por Nicos Poulantzas com alguns representantes da chamada “sociologia polÃtica norte-americanaâ€. Nossa hipótese básica é a de que a originalidade de algumas das contribuições efetuadas por Poulantzas em suas primeiras obras está fortemente relacionada, dentre outras coisas, ao diálogo travado pelo autor com essas correntes que formavam o mainstream da ciência polÃtica acadêmica de então. Como proposição adicional, sustentaremos a necessidade de retomada desse diálogo crÃtico e de incorporação sistemática no universo teórico da sociologia polÃtica estrutural-marxista de algumas das principais categorias desenvolvidas pelos sociólogos polÃticos sistêmicos e pluralistas (tais como os conceitos de poder, influência, autoridade, sistema polÃtico e elites), e argumentaremos contra as teses defendidas por alguns analistas acerca da existência de uma relação de incompatibilidade radical ou de “soma-zero†entre as noções empregadas por cientistas polÃticos representativos destas duas tradições teóricas.
The article aims at recovering the terms of the critical dialogue about more general concepts of political theory (such as power, domination, State) sustained by Nicos Poulantzas with some representatives of the “American political sociologyâ€. Our basic hypothesis is that the originality of some of Poulantzas’ contributions in his early works is strongly related, among other things, to the dialogue with such authors who formed the mainstream of the academic political science at the time. As an additional proposition, we argue for the need of resuming that critical dialogue and of systematically incorporating into the theoretical universe of the structural-Marxist political sociology some of the major categories developed by pluralist and systemic political scientists (such as those of power, influence, authority, political system and political elites). In this sense, we argue against the arguments put forward by some analysts about the existence of a radical incompatibility or a "zero-sum" relationship between notions employed by political scientists of these two theoretical traditions.