Filosofia Analítica da Religião como Pensamento Pós-'Pós- Metafísico'

Horizonte

Endereço:
Av. Dom José Gaspar, 500 – Prédio 04,
Belo Horizonte / MG
Site: http://periodicos.pucminas.br/index.php/horizonte
Telefone: (31) 3319-4633
ISSN: 21755841
Editor Chefe: Antonio Geraldo Cantarela/Rodrigo Coppe Caldeira
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Teologia

Filosofia Analítica da Religião como Pensamento Pós-'Pós- Metafísico'

Ano: 2010 | Volume: 8 | Número: 16
Autores: Agnaldo Cuoco Portugal
Autor Correspondente: Agnaldo Cuoco Portugal | [email protected]

Palavras-chave: metafísica, positivismo, realismo, não-realismo, filosofia analítica da religião

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Entendendo “pensamento pós-metafísico” no sentido da crítica moderna e positivista à metafísica
como forma de conhecimento, o artigo apresenta a filosofia analítica da religião como uma resposta
à tese de que a linguagem religiosa não tem sentido porque não se refere a nenhum dado
empiricamente verificável ou falseável. Em primeiro lugar, é apresentada a resposta não-realista ao
desafio pós-metafísico, especialmente a de D. Z. Phillips, baseada nas ideias de Wittgenstein. Nessa
proposta, o sentido da linguagem religiosa não está na referência a uma realidade transcendente,
mas ao uso que ela tem como guia existencial e ético. Em seguida, é exposta a resposta realista à
crítica antimetafísica, usando-se elementos das ideias de alguns dos principais autores da filosofia
analítica da religião: Alvin Plantinga, William Alston e Richard Swinburne. Além de sustentarem o
significado referencial real da linguagem religiosa, eles argumentam que a metafísica é não só
defensável cognitivamente, mas também condição importante para o raciocínio científico.



Resumo Inglês:

Taking ‘post-metaphysical thought’ in the sense of the modern and positivistic criticism to
metaphysics as a form of knowledge, this article presents analytic philosophy of religion as a
response to the thesis that religious language has no meaning since it does not refer to any
empirically verifiable or falsifiable data. Firstly, it is presented the non-realist reply to the postmetaphysical
challenge. The main non-realist author was D. Z. Phillips, who based his ideas on
Wittgenstein’s philosophy. According to this proposal, the meaning of religious language is not
given by reference to a transcendent reality, but to its use as an ethical and existential guide. Next, it
is expounded the realist position to the antimetaphysical criticism, using ideas by some of the
leading authors in the analytic philosophy of religion: Alvin Plantinga, William Alston and Richard
Swinburne. Apart from holding that religious language has a real referential meaning, they argue
that metaphysics is not only cognitively defensible, but also an important condition for scientific
reasoning.