Entendendo “pensamento pós-metafÃsico†no sentido da crÃtica moderna e positivista à metafÃsica
como forma de conhecimento, o artigo apresenta a filosofia analÃtica da religião como uma resposta
à tese de que a linguagem religiosa não tem sentido porque não se refere a nenhum dado
empiricamente verificável ou falseável. Em primeiro lugar, é apresentada a resposta não-realista ao
desafio pós-metafÃsico, especialmente a de D. Z. Phillips, baseada nas ideias de Wittgenstein. Nessa
proposta, o sentido da linguagem religiosa não está na referência a uma realidade transcendente,
mas ao uso que ela tem como guia existencial e ético. Em seguida, é exposta a resposta realista Ã
crÃtica antimetafÃsica, usando-se elementos das ideias de alguns dos principais autores da filosofia
analÃtica da religião: Alvin Plantinga, William Alston e Richard Swinburne. Além de sustentarem o
significado referencial real da linguagem religiosa, eles argumentam que a metafÃsica é não só
defensável cognitivamente, mas também condição importante para o raciocÃnio cientÃfico.
Taking ‘post-metaphysical thought’ in the sense of the modern and positivistic criticism to
metaphysics as a form of knowledge, this article presents analytic philosophy of religion as a
response to the thesis that religious language has no meaning since it does not refer to any
empirically verifiable or falsifiable data. Firstly, it is presented the non-realist reply to the postmetaphysical
challenge. The main non-realist author was D. Z. Phillips, who based his ideas on
Wittgenstein’s philosophy. According to this proposal, the meaning of religious language is not
given by reference to a transcendent reality, but to its use as an ethical and existential guide. Next, it
is expounded the realist position to the antimetaphysical criticism, using ideas by some of the
leading authors in the analytic philosophy of religion: Alvin Plantinga, William Alston and Richard
Swinburne. Apart from holding that religious language has a real referential meaning, they argue
that metaphysics is not only cognitively defensible, but also an important condition for scientific
reasoning.