O artigo procura fornecer elementos para uma leitura positiva do atual fenômeno de
folclorização do religioso. A folclorização evocaria uma dupla laicidade, que se
coloca dialeticamente quanto à institucionalidade religiosa e independente no
tocante à verticalidade dos saberes especializados e seus procedimentos
metodológicos, numa perspectiva que se pretende pós-metafÃsica e democrática.
Faz-se, de inÃcio, uma sÃntese atual sobre a relação entre secularização e
religiosidade para ilustrá-la com o relato de experiências religiosas especÃficas,
todas anglicanas e localizadas na sociedade estadunidense; além de um estudo sobre
a recepção estadunidense ao filme “A Última Tentação de Cristoâ€. Depois, a partir
de algumas observações de Althaus-Reid sobre a Teologia da Libertação, o artigo
analisa o conceito de “inculturaçãoâ€. Graças à sua volatilidade, o conceito
antropológico de “folclorizaçãoâ€, enfim, é proposto como uma maneira ampla e
flexÃvel de se abordar o pluralismo religioso em contexto (pós) secular ante uma
crescente e inexorável influência da “indústria culturalâ€.
The attempts searched to provide elements for a positive reading of the current
phenomenon of religious folklorization. Folklorization would suggest a double
laity, which arises dialectically by religious institutionalism and independent from
verticality of specialized knowledge and its methodological procedures, which
would be a post-metaphysics and democratic perspective. First of all, it creates a
synthesis upon the relationship between secularization and religion to illustrate it
with a retake of specific religious experiences, every one Episcopalian and located
in American society, including a study of the U. S. reception of the film, “The Last
Temptation of Christâ€. Next, from some observations by Althaus-Reid on
Liberation Theology, the paper analyzes the concept of "inculturation". Because of
its volatility, the anthropological concept of "folklorization", finally, is proposed as
an extended and flexible way to focus religious plurality in a (post)secular context
in an increasing and inexorable influence of “cultural industriesâ€.