Contextualização: A dor e a disfunção no complexo articular do ombro é comumente encontrada na prática fisioterapêutica. Essas
anormalidades musculoesqueléticas estão relacionadas à instabilidade e inadequado funcionamento cinemático, que dependem da
integridade dos tecidos musculares. Assim, no sentido de prevenir e reabilitar esses sintomas, o uso da haste oscilatória vem sendo
implantado para melhorar os resultados de técnicas cinesioterapêuticas. Objetivos: Analisar a atividade eletromiográfica (EMG) dos
músculos que estabilizam a articulação do ombro durante a realização de exercÃcios com haste oscilatória e haste não-oscilatória.
Métodos: Participaram do estudo 12 voluntárias com idade de 20,4±1,9 anos. Os dados EMG foram coletados nos músculos trapézio
superior (TrS), trapézio inferior (TrI) e deltoide médio (DM) durante três diferentes exercÃcios realizados com haste oscilatória e haste
não-oscilatória. O sinal EMG foi analisado no domÃnio do tempo pelo cálculo do Root Mean Square (RMS). Os valores de RMS foram
normalizados pelo valor de pico obtido em todas as tentativas por cada músculo. A análise estatÃstica foi feita com os testes ANOVA
para medidas repetidas e post-hoc de Bonferroni. Resultados: A atividade EMG dos músculos TrS, TrI e DM foi significativamente
maior nos exercÃcios com haste oscilatória do que com haste não-oscilatória (todos p<0,001). Não foram significativas as diferenças
na ativação desses músculos entre os exercÃcios. Conclusão: Os resultados do presente estudo indicaram que a haste oscilatória
requisitou maior atividade EMG dos músculos do ombro e, assim, pode ser um instrumento útil no treinamento desses músculos.
Background: Pain and dysfunction of the shoulder complex are commonly found physiotherapy practice. These musculoskeletal
abnormalities are related to instability and inadequate kinematic function, that depend on the integrity of the muscle tissues. Thus,
to enhance the results of exercise therapies, and prevent and attenuate pain and dynfunction, the use of oscillatory pole has been
implemented in clinical practice. Objectives: The purpose of this study was to analyze the electromyographic (EMG) activity of shoulder
stabilizing muscles during exercises performed with an oscillatory and a non-oscillatory pole. Methods: Twelve female volunteers, aged
20.4 years±1.9, participated in this study. EMG data were collected from upper trapezius (UT), lower trapezius (LT) and middle deltoid (MD)
during three different exercises with an oscillatory and a non-oscillatory pole. The EMG signals were analyzed in the time domain through
the calculation of Root Mean Square (RMS). The RMS values were normalized by the peak value obtained over all trials for each muscle.
Statistical analysis was performed with repeated measures ANOVA and post-hoc of Bonferroni tests. Results: The EMG activity of UT, LT
and MD muscles were significantly higher with the oscillatory pole than the non-oscillatory pole (all p<0,001). There were no significant
differences in the activation of these muscles between exercises. Conclusion: The results of the present study indicated that the oscillatory
pole does require higher activation of the shoulder muscles and therefore, may be useful in the training of the shoulder complex.