A crise financeira mundial, o estado e a democracia econômica

Pensar - Revista de Ciências Jurídicas

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ISSN: 2317-2150
Editor Chefe: Gustavo Raposo Pereira Feitosa
Início Publicação: 31/12/1991
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Direito

A crise financeira mundial, o estado e a democracia econômica

Ano: 2009 | Volume: 14 | Número: 1
Autores: P. M. Cruz
Autor Correspondente: P. M. Cruz | [email protected]

Palavras-chave: Democracia, Transnacionalidade, Estado Constitucional Moderno, Estado Transnacional, Crise Financeira.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Os problemas vividos na atualidade, principalmente a grave situação financeira internacional, significam sinal
evidente de insuficiência do modelo teórico moderno. Talvez sustentem a própria crise do Estado Constitucional
Moderno. Alguns exemplos recentes parecem comprovar tal crise: o complexo de indústrias mundiais de
alimentos que arrasa sementes tradicionais acabou por criar uma situação de desequilíbrio alimentar no planeta.
Além disso, fatos como a comercialização mundial do petróleo, o monopólio da comunicação e a realidade
virtual manipulável demonstram que a “internalização” do Poder Público da modernidade provavelmente cederá
espaço para a transnacionalização desse mesmo Poder Público. Repensar, pois, a Democracia neste momento é
fundamental, principalmente em sua vertente transnacional. Todo o mundo “acordado” e afetado pela
globalização, faz-se cada vez mais certo que o único poder legítimo é o poder com investidura decidida pela
maioria, que se constitui a partir de instrumentos democráticos efetivos.



Resumo Inglês:

The problems the world is experiencing nowadays, particularly the serious global financial situation, are another
clear sign of the inadequacy of the modern theoretical model. They might reflect a crisis in the Modern
Constitutional State itself. Some recent examples, such as the complex of global food industries which has
destroyed traditional seeds and has ended up creating a situation of food imbalance on the planet, the petroleum
commercialized worldwide, the communications monopoly, and the manipulable virtual reality, demonstrate that
the “internalization” of the Public Power of modernity will probably give way to a transnationalization of this
same Public Power. Rethinking Democracy at this time, particularly in its transnational aspect, is essential. The
whole “awakened” world, affected by globalizatíon, is increasingly certain that the only legitimate power is that
in which investiture is decided by the majority, based on effective democratic instruments