Contextualização: A estimulação elétrica transcutânea (EET) é um método não farmacológico utilizado no alÃvio da dor do trabalho
de parto. Sua aplicação representa um método adjuvante que não se propõe a substituir outras técnicas. Objetivos: Desenvolver
uma revisão sistemática para avaliar a eficácia da EET comparada à ausência de EET ou placebo, segundo os desfechos: alÃvio
da dor do trabalho de parto (desfecho primário), uso de analgesia complementar, duração do trabalho de parto, satisfação da
parturiente, tipo de parto e repercussões fetais (desfechos secundários). Métodos: Realizou-se uma busca sistemática nas bases
de dados PubMed, LILACS e SCIELO por ensaios clÃnicos randomizados e quasi-randomizados, publicados entre 1966 e 2008. As
palavras-chave utilizadas foram ‘TENS’, ‘labor’, ‘labor pain’ e ‘labor obstetric’. A seleção de artigos elegÃveis e a avaliação de sua
qualidade metodológica foram feitas independentemente por dois revisores. Meta-análises de efeitos randômicos foram realizadas
quando estudos que investigavam um mesmo desfecho eram suficientemente homogêneos. Resultados: Nove estudos, incluindo
1076 gestantes, foram selecionados. Não houve diferença significativa entre os grupos no alÃvio da dor do parto (pooled RR=1,09;
95%IC=0,72-1,65) ou na necessidade de analgesia complementar (pooled RR=0,89; 95%IC=0,74-1,08). Não se observou evidência
da interferência da EET em nenhum dos desfechos, exceto no desejo da parturiente em utilizar a EET em futuros partos. Conclusões:
A utilização da EET não demonstrou nenhum impacto sobre a mãe ou concepto e nenhuma influência no trabalho de parto. De acordo
com os resultados desta revisão, não há evidência de que a EET reduz o uso de analgesia complementar.
Background: Transcutaneous electrical stimulation (TENS) is a non-pharmacological pain relief method. It is an auxiliary method and
not intended to replace other techniques. Objectives: To perform a systematic review assessing the effectiveness of TENS compared
to no TENS treatment or placebo with the following outcomes: pain relief (primary outcome), analgesic requirements, duration of labor,
the mother’s satisfaction, type of delivery and fetal repercussions (secondary outcomes). Methods: The Pubmed, LILACS and Scielo
databases were searched for randomized controlled trials and quasi-randomized trials published between 1966 and 2008 using the
keywords ‘TENS’, ‘Labor’, ‘Labor pain’ and ‘obstetric labor’. The selection of eligible items and assessment of methodological quality
were performed independently by two researchers. Random effects meta-analysis was performed for studies that were sufficiently
homogeneous. Results: Nine studies involving a total of 1076 pregnant women were included. There was no statistically significant
difference between groups in pain relief during labor (pooled RR = 1.09, 95% CI = 0.72 to 1.65) or the need of additional analgesia
(pooled RR = 0.89, 95% CI = 0.74 to 1.08). There was no evidence that TENS interfered in any of the outcomes except the mothers’
desire to use TENS in future deliveries. Conclusions: The use of TENS had no impact on mother or child and no influence on labor.
According to the results of this review, there is no evidence that TENS reduces the use of additional analgesia.