Contextualização: A fadiga é um sintoma comum e inespecÃfico associado aos problemas crônicos de saúde nos idosos. As alterações
e adaptações do processo de envelhecimento associadas à natureza complexa e multidimensional da fadiga favorecem a interação
de múltiplos fatores na gênese desse fenômeno. Objetivos: Investigar a associação dos fatores clÃnicos, funcionais e inflamatórios
com a fadiga muscular e a autopercebida em idosas. Métodos: Participaram 135 idosas sedentárias da comunidade, com média de
idade de 71,2±4,57. Questionário estruturado e teste funcional foram utilizados para avaliar as caracterÃsticas clÃnicas e funcionais.
As concentrações plasmáticas dos mediadores inflamatórios (IL-6 e sTNFR1) foram dosadas pelo método ELISA. A fadiga muscular
foi mensurada pelo dinamômetro isocinético, e a fadiga autopercebida, pela Escala Visual Analógica (EVA). A análise estatÃstica foi
realizada pela regressão linear múltipla e pelo Coeficiente de Correlação de Spearman, com nÃvel de significância de 5%. Resultados:
Os modelos de regressão demonstraram que os fatores idade, Ãndice de massa corporal (IMC), nÃvel de atividade fÃsica, capacidade
funcional e pico de torque foram associados à fadiga muscular (R2=0,216, p<0,01). A fadiga autopercebida foi associada ao número
de comorbidades, estado depressivo, nÃvel de atividade fÃsica, capacidade funcional, pico de torque e saúde percebida (R2=0,227,
p<0,01). Conclusão: O presente estudo mostrou uma interação psicofÃsica da fadiga, identificando os principais fatores associados
à fadiga muscular e à autopercebida em idosas. Esses achados demonstram a importância da avaliação e tratamento dos fatores
modificáveis tanto na fadiga muscular quanto na autopercebida, buscando um melhor desempenho fÃsico-funcional dos idosos.
Background: Fatigue is a common and nonspecific symptom associated with chronic health problems in the elderly. The modifications
and adaptations of the aging process associated with complex and multidimensional nature of fatigue favors the interaction of multiple
factors in the genesis of this phenomenon. Objectives: To investigate the association of clinical, functional and inflammatory factors with
muscle fatigue and self perceived fatigue in elderly women. Methods: Participated in the study one hundred and thirty five community
elderly women, all sedentary, with a mean age of 71.2±4.57. A structured questionnaire and functional testing were used to evaluate
clinical and functional characteristics. Plasma concentrations of inflammatory mediators (IL-6 and sTNFR1) were measured by ELISA
method. Muscle fatigue was measured by isokinetic dynamometer and self-perceived fatigue was measured by a visual analog scale.
Statistical analysis was performed by multiple linear regression and Spearman correlation coefficient with statistical significance of 5%.
Results: The regression models showed that the variables age, body mass index, physical activity level, functional capacity and peak
torque were associated with muscle fatigue (R2=0.216, p<0.01). Self-perceived fatigue was associated with number of comorbidities,
depression, physical activity level, functional capacity, peak torque and perceived health (R2=0.227, p<0.01). Conclusion: This study
showed a psychophysical interaction of the fatigue, by identifying the main factors associated with muscle fatigue and self-perceived
fatigue in elderly women. These findings demonstrate the importance of evaluation and treatment of modifiable factors in both muscle
fatigue and self-perceived fatigue, seeking a better physical and functional performance of elders.