Os neoclássicos defendem que o mercado garante o equilíbrio entre a disponibilidade e a demanda das águas e que a cobrança altera para melhor o comportamento dos agentes. Os objetivos do artigo são discutir os limites dessa abordagem, apresentar alguns resultados internacionais assim como discutir o conceito de campo, proposto por Fligstein (2001) e Bourdieu (1990), que rompe com esta lógica predominante e se mostra como uma alternativa de análise da implantação dos comitês de bacia hidrografica. O campo representa a relação de força ou poder entre os agentes. Nessa nova perspectiva teórica, os preços são resultados das opções, negociações e dinâmicas sociais existentes nos comitês e não de mecanismos de mercado.
Resumo Inglês:
The neoclassical approach defend that the market guarantees the balance between supply and demand of water and that their payment or taxation can improve the change of behavior of agents for better. The aims of the present article are to discuss the limits of this approach, show some international results and discuss the concept of “field”, proposed by Fligstein (2001) and Bourdieu (1990 e 2001), which breaks up with the predominant theory and showed as an alternative of approach of the implementation of river basin committees. The approach of the field consists the relationship of power between the players/agents and, consequently, the prices are the result of negotiations and social dynamics that are present in the committees of water, and not result of the market mechanisms. The use of theory of field lets to understand that the negotiations can lead to breakthroughs and setbacks.