Aplicação do ensino reflexivo às escolinhas de futebol

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Início Publicação: 12/05/1986
Periodicidade: Semestral

Aplicação do ensino reflexivo às escolinhas de futebol

Ano: 2003 | Volume: 11 | Número: 11
Autores: O.M.de Souza Junior
Autor Correspondente: R.Lúcio | [email protected]

Palavras-chave: futebol, escolinhas de futebol, ensino reflexivo.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No país do futebol, no qual "toda criança ja nasce sabendo jogar", qual seria a utilidade das Escolinhas de Futebol? Como bem sabemos, esta primeira afirmativa não é tão verdadeira quanto folclórica,e, assim sendo, a demanda para o surgimento das Escolhinhas de Futebol foi criada pela constante diminuição dos espaços "democráticos" para prática do futebol, decorrente do processo de urbanização característico principalmente dos grandes centros. Atualmente, na maioria das vezes, apenas aqueles garotos tecnicamente ou financeiramente privilegiados desfruta da estrutura de um clube ou equipe onde possam praticar o futebol. No presente estudo, foram analisadas três Escolhinhas de Futebol e suas propostas de ensino, uma pedagógica e duas tradicionais. A análise foi feita através de uma breve revisão da literatura que aborda tais propostas e de uma entrevista semi-aberta com os profissionais responsáveis por duas das Escolhinhaa em questão localizadas em Rio Claro - SP, além da consulta ao projeto da Escolhinha de Futebol da SERE (Secretaria de Recreação e Esportes) da cidade de Osasco - SP. A partir dos resultados obtidos procurou-se construir uma porposta apoiada nos pressupostos do Ensino Reflexivo que sirva de parâmetro para a implementação de projetos em Escolhinhas de Futebol. O primeiro dado analisado, trata-se da divisão das turmas; e o critério adotado nos três casos tomou por base a faixa etária dos alunos, sendo que normalmente estas turmas são subdivididas a cada dois ou três anos (Ex.: 6 a 8 anos, 9 a 10, 11 a 12 e 13 1 14), aliado a este parâmetro podemos ainda utilizar o nível de habilidade, pois enquadrar o aluno em uma turma mais homogênea tornaria a sua participação mais efetiva e estimulante. Quanto ao sexo dos alunos, apesar da pouca procura das meninas descrita pelos entrevistados, ambos apresentaram-se favoráveis ao trabalho com turmas mistas, principalmente até os 12 anos quando começam a acentuar-se as características sexuais femininas e estas sentem-se classificação por habilidades como uma boa alternativa, visto que algumas meninas culturalmente desestimuladas à prática do futebol possuem uma bagagem motora diferente dos meninos de idade semelhante. Com relação às competições, ambos os entrevistados alegam não participar de capeonatos abertos por discordarem da proposta destes torneios voltados para o rendimento, um participa apenas de torneior da Liga Pedagógica e o outro organiza torneios com outras Escolhinhas. Já a SERE-Osasco, além de manter uma turma de treinamento para a participação em torneios abertos, possui turmas na mesma faixa etária de iniciação que não participam de torneios. Uma alternativa mesclando estas propostas, seria participar de torneios abertos com a turma de treinamento e de Ligas Pedagógicas com a turma de iniciação. A proposta da SERE-Osasco, mostra ainda uma preocupação com a função social da Escolhinha de Futebol, apresentando a possibilidade de se formar uma associação de pais participativa, que poderia colocar suas habilidade individuais em prol do projeto da Escolinha de forma voluntária. Não pretendemos apresentar uma proposta que sirva de manual para as Escolhinhas de Futebol, mas sim, abordar pontos que consideramos importantes, e, a partir dos quais seja possível construir propostas mais adequadas a cada contexto, tendo sempre como alicerce a reflexão sobre a ação.