Fórum Especial: Organizational Design for Institutional Change: the Case of MPB Festivals, 1960 to 1968

RAC - Revista de Administração Contemporânea

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ISSN: 19827849
Editor Chefe: Marcelo de Souza Bispo
Início Publicação: 31/12/1996
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Administração

Fórum Especial: Organizational Design for Institutional Change: the Case of MPB Festivals, 1960 to 1968

Ano: 2006 | Volume: 10 | Número: Especial
Autores: C. Kirschbaum
Autor Correspondente: C. Kirschbaum | [email protected]

Palavras-chave: neo-institucionalismo; campos organizacionais; teoria organizacional; sociologia das artes; indústria fonográfica.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Uma preocupação central na pesquisa inserida no neo-institucionalismo é o surgimento de campos organizacionais. Esse artigo explora a emersão do campo da MPB em paralelo com a organização de festivais de música nos anos sessenta. Os festivais foram importantes ao combinar músicos, júri e a platéia em um fórum relativamente protegido da influência da indústria fonográfica. Através dessa interação foi possível a introdução e difusão de novas tendências no campo de música popular. Ao mesmo tempo, os festivais permitiram a consagração da categoria MPB como uma forma artística distinta do restante da música popular. A estrutura dos festivais provocou duas conseqüências nãointencionais: o conflito entre os músicos e a platéia, e entre os músicos e o juri. Enquanto vários músicos lutavam para conquistar a autonomia para a sua atividade artística, a platéia exigia supremacia. Como resultado, vários músicos exerceram pressão sobre os júris para proteger os critérios estéticos da influência da platéia. A conclusão propõe uma avaliação crítica do papel dos festivais na evolução do campo da MPB.



Resumo Inglês:

A central concern in neo-institutional research is the genesis of new organizational fields. This article explores the emergence of the MPB (Brazilian Popular Music) field in tandem with the organization of music festivals in the sixties. The festivals were instrumental in combining musicians, critics and the audience in a forum relatively buffered from the music industry influence. This interaction supported the introduction and diffusion of new influences in the popular music field, and at the same time, it consecrated the category MPB as a high-brow art form. The festivals' design provoked two unintended consequences: the conflict between musicians and the audience, and between musicians and the jury. While several musicians strived to conquer autonomy for their creative activity, the audience claimed its supremacy. As a result, musicians exerted pressure on the jury to buffer the aesthetical criteria from the audience. It concludes with a critical appraisal of the role of festivals in the evolution of the MPB field.