O trabalhador-pesquisador reclama fazer mais do que quer ou pode. Critica, porém acata. Análises sobre produtivismo acadêmico responsabilizam, não sem razão, organismos internacionais e nacionais e o sistema vigente. Observam-se, no entanto, mudanças escassas e resignação. Examinamos neste trabalho como se estruturou, a partir do século XIX, a complexa engenharia social que comanda o mundo, com a sobreposição de processos históricos de longa duração e decisivos no Ocidente. Destaca-se o surgimento das ciências humanas e sociais e seus compromissos cedo selados com governos e homens de negócio. A eleição de Educação, Ciência e Tecnologia como centrais para promover progresso econômico e social reduziram a Universidade, predominantemente, à executora e refém, não autônoma. Enquanto é o capital que precisa do conhecimento gerado pelos trabalhadores-pesquisadores para reproduzir-se, estes vivenciam a intensificação e alienação do seu trabalho; tal dependência aponta para o desafio de exercer seu poder.
Worker-researchers complain that they have to do more than they want or can. They criticize, but stick with it. Analyses of academic productivity hold international and Brazilian organisms (such as CAPES) and the current system responsible; and not without reason. But the results are scant changes and resignation. In this work we examine how, starting in the 19th century, the complex ‘social engineering’ that commands the world with its overlapping of long-lasting historical processes was structured. The rise of human and social sciences and the commitments they sealed with governments and business men early on is emphasized. The election of Education, Science and Technology as central to promoting economic and social progress reduced the University, predominantly to the role of executor (thinking itself to be autonomous, it is a hostage). While it is capital that needs the knowledge generated by the worker-researchers to reproduce itself, the latter experience the intensification and alienation of their work; such dependence points to the challenge of exercising their power.
El trabajador-investigador protesta de hacer más de lo que quiere o puede. Critica, pero acata. Análisis sobre el productivismo académico responsabilizan, no sin razón, organismos internacionales y nacionales y el sistema vigente. Se observan, sin embargo, pocos cambios y resignación. Examinamos en este trabajo como se ha estructurado, desde el siglo XIX, la complexa ingeniarÃa social que comanda el mundo, con la imbricación de los procesos históricos de larga duración y decisivos en el Occidente. Se destaca el surgimiento de las ciencias humanas y sociales y sus compromisos a la corta sellados con gobiernos y empresarios. La elección de Educación, Ciencia y TecnologÃa como claves para promover progreso económico y social han reducido la Universidad, predominantemente, a ejecutora y rehén, no autónoma. Mientras que es el capital que necesita del conocimiento generado por los trabajadores-investigadores para reproducirse, eses han vivenciado la intensificación y alienación de su trabajo; tal dependencia apunta para el reto de ejercer su poder.