Os processos de Responsabilidade Social (RS) preconizam ações para a sustentabilidade das organizações, porém fundamentadas em estratégias que privilegiam a ética e as demandas socioambientais que permeiam o processo produtivo e os relacionamentos entre os stakeholders. Pela complexidade desta temática, os gestores que conduzem a RS necessitam de capacitação e de poder de decisão que possam contribuir com a efetivação das suas propostas. Assim, o objetivo deste artigo foi analisar o perfil dos gestores de RS das organizações de Blumenau (SC). Para tanto, utilizou-se o método da pesquisa qualitativa amparada pela técnica da metodologia exploratória, envolvendo uma população de dezesseis gestores de RS, que atuam em organizações de vários portes em diferentes setores da economia. Os resultados evidenciam que os atuais gestores são maioria mulheres com formação acadêmica na área humana, mas não especÃfica em RS; não conduzem setor exclusivo de RS. Somente duas organizações têm certificações na área demonstrando que, embora haja intenção, este processo é embrionário. Diante disso, como na maioria das organizações a RS ainda não é formalmente instituÃda, sejam pelas estratégias ou pelos instrumentos como as certificações, a legitimidade das ações de seus gestores fica comprometida pela falta de poder de decisão.