Este artigo discute as relações entre o capital fictÃcio e as crises financeiras desencadeadas após a década de 1990 e suas implicações na economia brasileira. Defende a ideia de que a forma de inserção do Brasil no sistema mundial associada à polÃtica econômica predominante no perÃodo agravou sua vulnerabilidade externa, ampliando a dependência e subordinação da sua economia aos interesses do capital financeiro, prejudicando ainda mais as condições de vida da sua população. Para isso, o texto faz uma adaptação do conceito de capital fictÃcio desenvolvido por Karl Marx, em fins do século XIX, à realidade dos mercados financeiros na atualidade. Destaca, enfim, as principais formas de capital fictÃcio encontradas na economia brasileira, como é o caso dos derivativos negociados na Bolsa de Mercadorias & Futuros, que apresentaram um crescimento de 1.107% no perÃodo 1991-2004.