O presente artigo aborda a questão do espaço referente aos contos detetivescos de
Edgar Poe, os elementos que o constituem e sua natureza. Trabalhamos com a hipótese de que
os cenários destes contos são mais do que uma estratégia para assegurar o drama e alimentar a
imaginação do leitor, pois eles revelam, através de seus inúmeros elementos, da mistura de domÃnios,
da simultaneidade do belo e do bizarro, numa fusão que resulta num todo turbulento, o
lado obscuro do homem e da modernidade.
This work discusses the questions of Edgar Poe’s detective tales settings, as well as
its elements and nature. We work with the hypotesis that the model of scenery present in these
tales is more than a strategy to assure its dramatic tone and stimulate the reader’s imagination.
Through the simultaneousness of the beauty and the bizarre, the mixture of domains and the turbulent
totality produced, the scenery reveals the dark side of man and of the modern world.