Este artigo aborda a identidade polÃtica das organizações de esquerda que se engajaram na luta armada contra a ditadura civil-militar implantada no paÃs em 1964, com foco na oposição desses agrupamentos à s formas tradicionais de organização e estratégia da esquerda ocidental, substituÃda por uma ação puramente militar. Concluo que a resistência apresentada por essas organizações aos aspectos teóricos da luta pelo socialismo no Brasil, que consistira num elemento central da identidade das organizações de esquerda que as precederam, em especial o Partido Comunista Brasileiro e a Organização Revolucionária Marxista-PolÃtica Operária, permitiria a algumas delas, mais tarde, no fim dos anos 70, constituir um campo comum de preocupações e identidades com outros segmentos que tomariam parte na construção do Partido dos Trabalhadores.
This paper addresses the political identity of the far left organizations which took part in the violent struggle against the Brazilian civil-military dictatorship established in 1964. It focuses on these groups opposition to the traditional forms of strategy and organization of mainstream west left parties, in favor of pure military action. I conclude that their resistance to the theoretical aspects of the struggle for socialism in Brazil, which was a very important aspect of their predecessors identity, namely the Communist Brazilian Party (PCB) and the Revolutionary Marxist Organization (ORM-Polop), allowed some of them, later, to find a common field of political thought and identity along with other left segments that, in the late seventies, took part in the forming of the Worker’s Party (PT).