Este artigo analisa as propostas adotadas pelas reformas educacionais no Acre, no perÃodo entre 1999 e 2009. Argumenta que essas propostas adquirem um caráter hÃbrido, em que se mesclam tanto orientações de natureza mais econômica, afinadas com princÃpios e práticas do novo gerencialismo, como orientações de natureza mais progressista, coerentes com as teorias crÃticas e em que a educação é vista como forma de emancipação social. Para isso, são analisadas as polÃticas de formação, de carreira e de remuneração dos professores da rede estadual, buscando apreender as diferentes lógicas, discursos e ações polÃticas implementadas, a fim de revelar sua dinâmica social. Conclui-se que, nesse modelo hÃbrido, os resultados das reformas analisadas mostram-se bastante positivos e sugere-se que um balanço mais completo dessas polÃticas só poderá ser realizado a longo prazo, a partir de novas investigações, em que a questão da justiça social seja considerada como critério. Observa-se, por fim, que esse tipo de estudo só poderá ser feito em um contexto em que a análise se fundamente não apenas em dados estatÃsticos, mas em aspectos que levem em conta o processo educacional como um processo de formação humana.