O artigo vai abordar, a partir do estudo de um caso clÃnico, questões relativas à melancolia e à psicossomática. Com relação a esta última, a premissa é de que os fenômenos psicossomáticos podem ser entendidos enquanto efeito do inconsciente sobre o próprio corpo e são inseridos no campo da linguagem. Na ótica lacaniana são vistos enquanto manifestações no simbólico – defeito de filiação simbólica. Importante também neste enfoque é a questão dos significantes com relação à origem dos fenômenos psicossomáticos.
Significantes que muitas vezes foram impostos ao sujeito e que não encontram articulação no registro do simbólico, sendo o corpo a única possibilidade de inscrição do inconsciente.
Com relação à melancolia, além da reação frente a perda do objeto amado, será abordado também aquilo que ficou do objeto, ou seja, aquilo que o sujeito carrega dentro de si como um corpo estranho e que muitas vezes se confunde com si mesmo.