Partindo da discussão das diferenças na visão de cultura em Freud e Winnicott, o texto procura situar o significado dos mitos e dos tabus. Neste contexto insere-se a questão da AIDS Social: um conjunto de representações, pré-conceitos e posturas ligados à AIDS, que tem a função de criar barreiras à mesma: sexualidade “ilÃcitaâ€, destrutividade, impotência e morte.
Situa-se a questão da AIDS Social como produto de uma cultura que vem sendo caracterizada como narcÃsica: discutem-se as caracterÃsticas da mesma, relacionando-a especificamente a traços da cultura brasileira e reposicionando-a, numa leitura winnicottiana, como uma cultura de falsos-selves. A AIDS é colocada como, simultaneamente, um produto e uma denúncia (portando, um sintoma) dessa cultura.