A disponibilidade sempre à mão e a extrema popularidade dos fármacos ocidentais nos
paÃses em desenvolvimento apresenta importantes questões gerais para a antropologia
médica. Na tentativa de explicar por que os medicamentos são tão atrativos em tantas
culturas diferentes, este artigo sugere que eles facilitam processos simbólicos e sociais
particulares. A chave para o seu encanto é a sua concretude; neles a cura é objetificada.
Como coisas, eles permitem à terapia se desprender do emaranhado social. Medica-
mentos são commodities que passam de um contexto de significado para outro. Como
substâncias eles “são coisas boas para se pensar†em ambos os sentidos metafórico e
metonÃmico. Eles intensificam a percepção da enfermidade como algo tangÃvel, e fa-
cilitam a comunicação sobre experiências difÃceis de serem expressadas. No curso de
sua transação eles carregam consigo associações para profissionais confiáveis e a força
e o potencial de outros contextos culturais, dos quais eles um dia foram parte.