Entre participação e controle: os(as) agentes comunitários de saúde da região metropolitana de São Paulo
Sociedade E Cultura
Entre participação e controle: os(as) agentes comunitários de saúde da região metropolitana de São Paulo
Autor Correspondente: Isabel P. H. Georges | [email protected]
Palavras-chave: democratização; trabalho precário; polÃticas públicas; trabalho de mulheres; etnografia urbana
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Este artigo se propõe discutir a função social dos agentes comunitários de saúde (ACS)
na produção de um serviço público de saúde urbano, na perspectiva da ação situada. O
serviço co-produzido com os usuários é analisado como resultado da relação triangular
entre o Estado, os agentes e a população dos usuários, da qual esses últimos fazem parte
(morar a mesma ‘micro-área’ é um dos critérios de seleção). Por um lado, essa categoria
de trabalhadores sociais ‘subalternos’ encarregada do desenvolvimento do Programa
Saúde da FamÃlia (PSF) é herdeira dos movimentos populares dos anos 1980 (movimento
nacional para a saúde), por outro, a sua atividade quotidiana está sendo pautada
pelas polÃticas neoliberais e de reforma interna do Estado dos anos 1990, e a emergência
de outros atores e instâncias de regulação locais, que ocuparam o espaço deixado pelo
Estado. Nesse contexto ambÃguo, o artigo propõe uma primeira sistematização dessas
injunções contraditórias e discute o papel de “mediador†dos agentes.