A indeterminação sob suspeita no cinema brasileiro contemporâneo: os casos de Filmefobia e Pan-cinema permanente

Revista Galáxia

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ISSN: 1519311X
Editor Chefe: José Luiz Aidar Prado
Início Publicação: 31/05/2001
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Comunicação

A indeterminação sob suspeita no cinema brasileiro contemporâneo: os casos de Filmefobia e Pan-cinema permanente

Ano: 2010 | Volume: 10 | Número: 20
Autores: I. Feldman
Autor Correspondente: I. Feldman | [email protected]

Palavras-chave: indeterminação, cinismo, documentário brasileiro, biopolítica

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Dentre filmes brasileiros recentes – sobretudo documentais – que investem na autoficção e na problematização das próprias prerrogativas, colocando sob suspeita seus procedimentos ou produzindo suas próprias esquivas, privilegiaremos Filmefobia (Kiko Goifman, 2009) e Pan-cinema permanente (Carlos Nader, 2008). A despeito de suas evidentes diferenças e de seus distintos efeitos estéticos e políticos, ambos operam em um horizonte biopolítico de indeterminação: o trânsito entre autenticidade e encenação, pessoa e personagem, experiência e jogo, vida e performance, documentário e ficção. Longe do simples elogio às potências estéticas da indeterminação, que, como veremos, podem operar politicamente como condição do cinismo e de toda sorte de estados de exceção, trata-se de colocar o conceito sob suspeição.



Resumo Inglês:

Indetermination under suspicion in contemporary Brazilian cinema: the distinct cases of Filmefobia and Pan-cinema permanente – Among several recent Brazilian films – particularly those classified as documentaries – which invest in self-fiction and in questioning their own prerogatives, casting doubt over their procedures or producing their own equivocations, we choose to highlight Filmefobia (Kiko Goifman, 2009) and Pan-cinema permanente (Carlos Nader, 2008). Despite their undeniable differences and diverse esthetic and political effects, these films operate within a biopolitical realm of indetermination, shifting between the authentic and the staged, real individuals and fictional characters, experience and game, real life and acting performance, documentary and fiction. Far from simply praising the esthetic potential of indetermination, which, as we shall see, may function politically as a precondition of cynicism and of all sorts of states of exception, the case here is rather to place the concept of indetermination itself under suspicion.