Este trabalho propõe a necessidade de
uma taxonomia (sistema de classificação) das
emoções, e uma maneira para que possamos
começar a desenvolve-la. Precisamos de uma rede
de nomes de emoções claramente definidas como
conceitos, em vez de usar palavras vernáculas. A
primeira pergunta é: por quê? Parece que o
significado dos nomes vernáculos para as emoções,
mesmo na pesquisa, é extremamente ambÃguo. A
segunda pergunta: não existem taxonomias
adequadas? É evidente que não existe consenso ou
até mesmo similaridades, entre as várias propostas
de tentativas de taxonomias. A terceira questão: se
quisermos desenvolver uma nova taxonomia, como
devemos proceder? A maior parte deste artigo é
dedicado a este último tópico. O problema é
encontrar uma maneira de gerar conceitos de
emoções que se encontrem intimamente
relacionados com os dados reais que os conceitos
pretendem representar. Esta questão pode ser
tratada como um problema de parte/todo, com os
conceitos representando totalidades, e as informações empÃricas as partes. Os estudos
realizados por Goffman procuraram conceituar as
noções de embaraço/vergonha, por um lado, e de
sintonização (conhecimento mútuo), por outro. O
seu ponto forte se encontrava na analise de muitos
exemplos concretos, as partes, antes de usá-los para
ajudar a definir um conceito, o todo. Como
conclusão, várias implicações do método aqui
proposto serão oferecidas.