Este texto discute alguns filmes
classificados como de ficção cientÃfica para
marcar como o cinema nos tem ensinado
a ver e a viver nessa civilização altamente
tecnológica, à qual se tem atribuÃdo o
qualificativo cibernética. (APPIGNANESI;
GARRAT, 1998). Tal civilização, também
configurada como pós-moderna (Lyotard,
1989), como modernidade lÃquida
(BAUMAN, 2001), ou como modernidade
tardia (JAMESON, 2002), tem sido
caracterizada por atuar na produção de
subjetividades bastante diversas das
usualmente invocadas para referir o
homem no humanismo moderno. Muitos
dos debates conduzidos salientam a
centralidade que as TICs alcançam nas
sociedades contemporâneas, que também
se caracterizam pela emergência de formas
ciborgues, pós-humanas ou pós-orgânicas,
que representam corpos descritos muito
mais como processos ou arranjos da informação do que como corposmáquina,
como as perspectivas
modernistas enfatizavam. Argumentamos
que se rompem nessas novas
representações importantes binarismos
modernos, tais como, homem/máquina,
biológico/tecnológico e natureza/cultura.
This text discusses some films
ranked as science fiction to highlight how
cinema has taught us to see and live in
this highly technological civilisation,
which we have taken as cybernetic
(APPIGNANESI; GARRAT, 1998). This
civilisation, also regarded as postmodern
(LYOTARD, 1989), liquid modernity
(BAUMAN, 2001), or late modernity
(JAMESON, 2002), has been characterised
as acting on production of subjectivities
very different from those usually called
upon to refer to man in the modern
humanism. Many debates focus on the
centrality that technologies of
information and communication touch
in the contemporaries society, which is
also characterised by the emergence of
cyborg, post-human or post-organ forms,
which represent bodies depicted as
information processes or arrangements
rather than machine bodies, as modernist perspectives emphasise. We argue that
significant binary oppositions such as
man/ machine, biological/technological
and nature/culture.