A versão da cineasta Monique Gardenberg do romance Benjamim, de Chico Buarque, leva
às telas a narrativa do ex-modelo fotográfico fundida em dois tempos e entre duas personagens:
Castana Beatriz, nos anos 1960, e Ariela Masé, nos anos 1990. A análise é elaborada à luz da
contemporânea teoria sobre adaptação fÃlmica de Brian McFarlane. Sob a ótica das Funções
distribucionais e integrativas da narrativa – defendidas por Roland Barthes na Teoria dos NÃveis
(1973) –, que são o pilar das análises propostas por McFarlane, este artigo examina as duas
versões de Benjamim e os processos de transferência e adaptação própria utilizados.
The movie director Monique Gardenberg’s version of the novel Benjamim, by Chico
Buarque, takes to the screens the narrative of the former photographic model in two different
times and between two feminine characters: Castana Beatriz, in the 1960’s, and Ariela Masé, in
the 1990’s. The analysis is elaborated in the light of the contemporary theory about movies
adaptation by Brian McFarlane. According to the distributional and integrating functions of narrative – defended by Roland Barthes in the Theory of the Levels (1973) –, which are the pillar
of the analysis proposed by McFarlane, this paper examines the two versions of Benjamim and
the processes of transfer and adaptation used in the film.