ImbuÃdo da noção schopenhaueriana de vontade, Nietzsche
analisa a cultura grega em vista da capacidade dos gregos para criar a
tragédia como transfiguração da dor da existência. Seus escritos estéticos,
contudo, não trataram somente da arte grega: o Estado já era objeto
de ocupação de Nietzsche desde O nascimento da tragédia. Quando
pensa o Estado grego, ele já elabora suas primeiras crÃticas ao Estado
moderno. A racionalidade, estendida à forma de compreender o Estado,
não possibilita, para Nietzsche, reconhecer os ardis desse instrumento
da natureza entre os homens para produção de forma e beleza. O Estado
burguês moderno, à medida que tem por tarefa o cessar a guerra de
todos contra todos, a proteção da vida e do processo de acúmulo de
riquezas, impede a geração de grandes indivÃduos e se torna, portanto,
empecilho para a elaboração de cultura.
Imbued of the schopenhauerian notion of will, Nietzsche
analyzes the Greek culture keeping in sight the Greeks’ capacity to create
the tragedy as a way to transfigure the pain of existence. In his writings
on aesthetics, Nietzsche examines not only the Greek art: the State
had occupied him since The birth of tragedy. When he thinks of the
Greek state, one of his aims is to raise his first criticisms to the modern
state. Nietzsche states that rationality, applied to the understanding of
State, does not show clearly the ingeniousness of this instrument of
nature, whose aim is to produce form and beauty among men. The
bourgeois modern state, pursuing the goals of ceasing the war of everybody
against everybody, protecting every individual’s life and the process
of accumulation of wealth, obstructs the generation of great
individuals and becomes, therefore, an obstacle to the elaboration of
culture.