Este trabalho teve como escopo estudar a resposta do deflúvio a eventos de precipitação de uma microbacia experimental (37,5 ha) com Mata Atlântica, localizada no
Laboratório de Hidrologia Florestal Walter Emmerich, no Parque Estadual da Serra
do Mar – Núcleo Cunha, SP. O escoamento direto foi de 8,3% da precipitação anual.
A resposta do deflúvio à precipitação mostrou uma variabilidade de hidrogramas,
que dependeu da magnitude da precipitação e das condições de umidade antecedente do solo. De um modo geral, os hidrogramas tenderam grosseiramente a reproduzir a precipitação (hietograma). Foram identificados dois grupos de hidrogramas de acordo com a relação entre a precipitação e o pico de vazão. No primeiro, a contribuição do escoamento de base foi pequena,
com o escoamento direto dominando o hidrograma e a área variável de afluência (A.V.A.).
No segundo grupo, um acréscimo na precipitação produziu um aumento no pico de vazão mesmo durante as chuvas mais intensas, sugerindo que a A.V.A. ocupou uma menor parte da microbacia, próxima ao curso d’água. Esses resultados indicaram que a umidade antecedente do solo foi importante para a resposta do deflúvio à precipitação.