O trabalho analisa empiricamente a teoria instrumental dos stakeholders, utilizando como proxy da intensidade do relacionamento com os stakeholders polÃticos e sociais, as doações da empresa para o governo e comunidade. Com uma amostra de 339 empresas de capital aberto no Brasil, dois modelos foram utilizados. No primeiro, regressão múltipla, verifica-se os efeitos da iniciativa estratégica das empresas em realizar doações sociais e polÃticas, comparando a performance das empresas doadoras e não doadoras (grupo de controle). No segundo modelo, equações estruturais, verifica-se a importância da intensidade do relacionamento (mediadora na relação entre a orientação para os stakeholders e performance) com os stakeholders polÃticos e sociais, em firmas doadoras. A teoria instrumental não encontrou suporte empÃrico em ambos os modelos. Os resultados sugerem que o mercado ainda percebe a gestão dos stakeholders como custo para as empresas, podendo a intensidade do relacionamento com os stakeholders ser explicada por um construto unidimensional, mensurado por indicadores que descrevem o contexto organizacional.