O presente artigo analisa se o tamanho dos grupos transnacionais modera o grau de inter-relacionamento entre a distância cultural (DC) e a preferência por métodos de entrada de aquisição ou exportação. Visando a trazer um novo prisma sobre o tema da DC, este estudo analisa o fenômeno além das dimensões culturais de Hofstede, empregando como moldura teórica a perspectiva bimodal proposta pelo Globe Project. Para o estudo, foi pesquisada uma amostra de 31 grupos empresariais que estão entre os 78 maiores grupos empresariais internacionalizados do Brasil. Os resultados indicam que, tendo em vista o universo das maiores transnacionais brasileiras, as empresas que atuam em paÃses distintos culturalmente possuem certa aversão a entradas futuras via aquisições, já que o tamanho da empresa modera negativamente (atenua) essa relação: grupos maiores são menos afetados em suas decisões futuras de aquisições pela experiência prévia em paÃses culturalmente distintos. Finalmente, as duas dimensões de DC, valores e práticas, possuem diferentes impactos na escolha do modo de entrada.