O objetivo deste estudo é traçar um paralelo entre as identidades nacionais e as disciplinas, mostrando que a integração cultural, assim como a inter e a transdisciplinaridade decorrem da modificação do estatuto de poder. A disciplinaridade da ciência moderna nasce simultaneamente ao racionalismo e ao Estado nacional. Hoje, a Europa se debate com choques culturais resultantes da mundialização da economia e do deslocamento das pessoas com a permeabilidade das fronteiras nacionais e as Américas partem de uma identidade moderna para buscar a superação de suas fronteiras e a integração cultural. É necessário registrar que o Estado brasileiro tem mesclado culturas desde sua origem colonial, caracterizando-se pelos sincretismos, e busca sua identidade nacional transcultural a partir do inÃcio do século XX. Como objetivo especÃfico, pretende-se mostrar que os paÃses das Américas gozam de uma situação privilegiada para promover a interculturalidade. Para fundamentar nossa proposta de uma transculturalidade a partir do modelo brasileiro, tomamos como teorias de base Bauman (1999a, 1999b, 2004, 2005), Foucault (1995, 1987), Castells (1999), Morin (2002) e Nicolescu (1997, 2001, 2003). Serão utilizados os métodos histórico e comparativo, e a abordagem dedutiva, e como técnica a pesquisa bibliográfica.