A CIÊNCIA E OS VALORES HUMANOS: REPENSANDO UMA TESE CLÁSSICA HUMANOS: REPENSANDO UMA TESE CLÁSSICA

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ISSN: 19822928
Editor Chefe: Araceli Velloso
Início Publicação: 30/06/1996
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Filosofia

A CIÊNCIA E OS VALORES HUMANOS: REPENSANDO UMA TESE CLÁSSICA HUMANOS: REPENSANDO UMA TESE CLÁSSICA

Ano: 2004 | Volume: 9 | Número: 2
Autores: Alberto Cupani
Autor Correspondente: Alberto Cupani | [email protected]

Palavras-chave: Carl G. Hempel, ciência e valores, valores na ciência, conhecimento e valoração.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No seu artigo “Science and human values” (1960), C.G. Hempel analisou a
relação entre enunciados científicos e julgamento de valor, sustentando que os últimos
não podem ser pressupostos pelos enunciados científicos nem deles derivados. Embora
reconhecesse a influência de valorações na escolha da atividade científica e em certos
aspectos da metodologia, Hempel enfatizava que as valorações não têm lugar em absoluto
no conhecimento científico como tal, e finalizava mostrando que o progresso científico
pode causar mudanças em atitudes de valoração, ainda que não possa em rigor fundamentá-
las. Neste trabalho indago se a transformação da filosofia da ciência operada na segunda
metade do século vinte, junto com as contribuições da sociologia do conhecimento e da
história da ciência, modifica o diagnóstico de Hempel. Como este assunto é muito amplo,
a minha abordagem é inevitavelmente parcial.



Resumo Inglês:

In his article “Science and human values” (1960), C. G. Hempel analyzed the relationship between scientific propositions and value judgments and defended the view that the latter cannot be presupposed by, or drawn from, the former. Although he admitted that values influence upon the choice of scientific activity and on some aspects of scientific methodology, Hempel emphasized that values have absolutely no place in scientific knowledge as such. He ended his article by showing that scientific progress may cause changes in stances relating to values, even if it cannot justify those stances. In this paper, I inquire whether the transformation of Philosophy of Science which took place in the second half of the twentieth century, together with the findings of Sociology of Knowledge and History of Science, modify Hempel’s views. Since this subject matter is very broad, my approach is inevitably partial.