Este artigo procura discutir a concepção behaviorista radical de Skinner sobre as regras metodológicas e as leis cientÃficas. Skinner é basicamente simpático ao operacionismo porque, de acordo com essa concepção, as possÃveis leis psicológicas não são interpretadas de forma realista (e mentalista), mas como uma forma de controlar e modelar o comportamento. Como a análise do comportamento é aplicada à própria ciência, é natural esperar que os behavioristas defendam uma filosofia operacionista da ciência. Mas Skinner também é um crÃtico do operacionismo por causa das conexões dessa doutrina com o positivismo. Ora, desse ponto de vista, o problema é como interpretar a ciência como um empreendimento “operacionista,†embora o comportamento dos cientistas não deva ser reduzido a um comportamento dirigido por regras, nem os enunciados cientÃficos a regras metodológicas. Compreendida assim, a filosofia da ciência de Skinner é muito parecida com a de Kuhn, o que vai ser discutido aqui também.
This paper discusses Skinner’s radical behaviorist view of methodological rules and scientific laws. Skinner is primarily sympathetic with operationism because, according to this view, possible psychological laws are not to be construed realistically (and mentalistically) but as a means to control and shape behavior. Since behavior analysis is applied to science itself, it is natural to expect that the radical behaviorists argue for some kind of operationist philosophy of science. But Skinner is also a critic of operationism in virtue of its connections with logical positivism. Now from the radical behaviorist viewpoint the problem is how to construe science as an “operationist†enterprise even though neither the scientists’ behavior is to be reduced to a rule-governed behavior nor scientific statements to methodological rules. Viewed this way Skinner’s philosophy of science is very similar to Kuhn’s, and this similarity is to be discussed here as well.