O presente artigo resulta de pesquisas que são desenvolvidas há mais ou menos seis anos, objetivando contribuir teórica e epistemologicamente com a formação de professores(ras) de maneira geral e, em especial no que se refere ao uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), por meio dos pressupostos filosóficos contidos na Antropofagia Cultural Brasileira (ACB). O uso das TCIs na educação constitui-se em um desafio para a formação de professores(as), sendo estas, muitas vezes, entendida como concorrentes da prática pedagógica, e não como um instrumento enriquecedor para a construção da mesma. As tecnologias, em especial as TCIs fazem parte de forma mais frequente na vida das pessoas. A educação de maneira geral, e a formação de professores(as) em particular, não podem ficar alheias a essas mudanças, devendo utilizá-las como recurso para mediar à construção do processo de ensino/aprendizagem. A ACB, propõe à formação de professores(as) pensar a construção de suas práticas educativas de forma contextualizada e articulada com seu tempo, buscando a construção de uma educação intercultural (FLEURI, 2005). Uma educação que considere a diversidade presente no espaço educativo, valorizando as diferentes culturas saberes e fazeres para a construção de suas práticas. Tal proposta está em acordo com o que sugere o educador Paulo Freire (1983), ao defender uma educação dialógica em que, tanto educador quanto educando se reconheçam como parte do processo educativo, sujeitos transformadores da sociedade.