A prática do empreendedorismo mostra-se cada vez mais freqüente no Brasil
como opção de carreira, frente às dificuldades sócio-econômicas que assolam o
paÃs e reduzem as oportunidades para aqueles que querem ingressar no mercado
de trabalho. No entanto, a prática do empreendedorismo convive com a falência
de muitas organizações, em decorrência dos baixos nÃveis de educação e da
desmotivação dos empresários para utilizarem ferramentas gerenciais capazes de
profissionalizar suas atividades. Este artigo tem por objetivo identificar o grau de
importância que os micro e pequenos empresários dão a essas ferramentas
gerenciais, especificamente o plano de negócios, para a abertura e gestão de
uma empresa. Considera-se que os conhecimentos relacionados com essas
ferramentas gerenciais estão atrelados a formação acadêmica do empresário.
Constata-se, ao final, que, apesar de considerarem o plano de negócios e a
educação formal como fatores importantes para a gestão de seu grande
empreendimento, os empresários não se sentem estimulados a dedicarem seu
tempo a aprendizagem de ferramentas gerenciais. Com base nesta constatação,
questiona-se a relevância dos cursos de administração, perguntando-se se estão
preparados para prover os estudantes a luz de uma educação empreendedora,
que estimule e viabilize a utilização de ferramentas gerenciais, como o plano de
negócios, para a sobrevivência e obtenção de resultados positivos pela empresa.
In Brazil, social-economic circumstances reduce the opportunities for those
intending to enter the labor market. In this context, the practice of
entrepreneurship has been frequently adopted as a career opportunity. However,
the practice of entrepreneurship coexists with the bankruptcy of many small and
micro businesses, caused by the lack of motivation of entrepreneurs in the use of
managerial tools to professionalize their activities, as well as their low level of
education. The purpose of this article is to identify the rank of importance micro
and small entrepreneurs give to said managerial tools, particularly the Business
Plan, for the establishment and management of their companies. It was believed
that the entrepreneur could learn the knowledge connected to managerial tools in
general educational institutions. The main result is that, although the
entrepreneurs considered the Business Plan and the formal education important
factors for the management of their companies, they neither feel stimulated to
dedicate time to academic education nor become skilled at managerial tools.
Based on that, a question remains: in what degree are educational institutions
prepared to provide students with entrepreneurial education that will enable them
to use managerial tools, such as the Business Plan, so that their companies may
survive and reach positive results?